quarta-feira, junho 30, 2010

Fui..

Até lá para dia 19...


Na minha ausência, guardem a blogosfera de gente mal intencionada...

Melhor frase do mundial

Resposta do dia...

"Perguntem ao Queiroz."

Chegou o lápis azul...

Carissimos,
Os comentários encontram-se temporariamente moderados...
Não quero que venham para aqui patos-bravos (não confundir com habitantes do Rossio) da zona da capital abandalhar o que está feito.
Comprometo-me a publicar tudo quando regressar.

terça-feira, junho 29, 2010

Frase da manhã

"Para trabalhar tem que ser com qualquer um. Para comer e beber não é com qualquer badameco. É só com quem eu quero."

Raciocínio simplex

1. Deixem que todos os homens que queiram casar com homens, o façam...
2. Deixem que todas as mulheres que queiram casar com mulheres, o façam...
3. Deixem que todos os que queiram abortar, abortem sem limitações...
4. Em duas gerações, deixarão de existir politicos...

110º Aniversário de Antoine de Saint-Exupéry


Vi no Google a imagem de um dos melhores livros que li.
Falei nele aqui
Acho que o Picolho Regedor do Souto devia lê-lo. A ver se aprende qualquer coisa.

segunda-feira, junho 28, 2010

Comentários

EDITADO

Para quem não sabe ou só agora apareceu por estas bandas da net, aconteceu uma troca de galhardetes no blog LAGAMART por parte de alguns comentadores, entre os quais eu próprio, um anónimo - Cidadão Abt - e o João Baptista Pico. Um excerto destes comentários pode ser visto no blog do Cidadão Abt.

O supracitado João Pico, tem ideias próprias algumas delas com sentido mas na sua grande maioria são ideias parvas e dignas da sanita do seu blog, mas acha-se dono unico da razão não gostando de ser contrariado.

Como se diz no LAGAMART, o administrador viu-se obrigado a restringir os comentários. E vai de fechar a torneira aos comentários como fez o VPC aos fontanários publicos.

No entanto, e como se diz no CIDADÃO ABT, isso demonstra uma total falta de respeito pelos comentadores e leitores, e além disso deixa a sensação de que foi o João Pico, cuja credibilidade politica (se é que ele tem) estava a ser posta em causa, que o obrigou à restrição comentarial.

Note-se que o Pico alvitrou algures num comentário que o Pombinho já havia sido o seu braço direito quando ele concorreu à Câmara.

Como diria o padre Damaso: " Já agora, vale a pena pensar nisto..."

sábado, junho 26, 2010

Multidão...

...aguarda ansiosamente a inauguração da estátua do Sócrates!!!!!!!!!!!


sexta-feira, junho 25, 2010

Ajuda ao Pico

Sr Pico, agora que o seu amigo Pombinho proibiu os comentários (você deve considerar isso uma traição), da mesma forma que o sr faz, eu permitirei que o sr comente aqui...


Mas atenção à linguagem vernácula...


Caro Pombinho, não entendo porque retirou o meu blog da sua lista... Fiz-lhe mal?
Já viu o contador de visitas a descer?

Frase da semana ou até mesmo do mês e quem sabe do ano

"Eu sou especialista da não especialidade."

Nelson de Carvalho

quarta-feira, junho 23, 2010

Scuts e Portagens

Para quê fazer manif's e buzinões? O governo rejubila com isso e leva a sua avante.

Acho que a forma de luta é a defesa natural daquilo que nos provoca dor, ou seja, deixar de usar. Começar a andar nas nacionais. Andar mais devagar. As Scuts deixam de dar lucros... Isso deverá querer dizer alguma coisa.
A ver daqui e a esta distancia das eleições, o meu voto será novamente em branco. A explicação aqui.

terça-feira, junho 22, 2010

Problemas...

Segundo li no Correio da Manhã a RPP Solar vai criar 2000 novos empregos. Na minha opinião isto só vai trazer problemas aos desempregados profissionais do concelho... Querem ver que teem que ir trabalhar?

quarta-feira, junho 16, 2010

Frase da tarde

"Até para ser preso é preciso ter uma boa cunha!"

Aquí vocês tem relógio… lá temos tempo.

Entrevista com um tuareg realizada por:
VÍCTOR-M. AMELA a: MOUSSA AG ASSARID

- Não sei minha idade. Nasci no Deserto do Saara, sem documentos. Nasci num acampamento dos nômades tuaregs entre Timbuctu e Gao, ao norte de Mali, Fui pastor de camelos, cabras, cordeiros e vacas de meu pai. Hoje estudo gestão na Universidade de Montpellier.
Estou solteiro. Defendo os pastores tuaregs. Sou muçulmano, sem fanatismo.
- Que turbante tão formoso!
- É uma fina tela de algodão: permite tapar o rosto no deserto, e continuar a ver e respirar através dele.
- É de um azul belíssimo…
- Nós, os tuaregs, somos chamados de homens azuis por isso:
- O tecido solta alguma tinta e nossa pele adquire tons azulados
- Como conseguem esse tom de azul anil?
- Com uma planta chamada índigo, mesclada com outros pigmentos naturais. Para os tuaregs o azul é a cor do mundo.
- Porque?
- É a cor dominante: é a cor do céu, do teto de nossa casa.
- Quem são os tuaregs?
- Tuareg significa “abandonados”, porque somos um velho povo nômade do deserto, solitários e orgulhosos: “Senhores do Deserto, é como nos chamam. Nossa etnia é a amasigh (bereber), e o nosso alfabeto, o tifinagh.
- Quantos são?
- Uns três milhões, e a maioria permanece nômade. Mas a população diminue. “É preciso que um povo desapareça, para que saibamos que ele existiu!” Apregoava um sábio. Eu luto para preservar esse povo.
- A que se dedicam?
- Pastoremos rebanhos de camelos, cabras, cordeiros, vacas e asnos num reino de imensidão e de silêncio
- O deserto é realmente tão silencioso?
- Quando se está sozinho naquele silêncio, ouve-se o batimento do próprio coração. Não há lugar melhor para se estar sozinho.
- Quais recordações de sua infância vc conserva com maior nitidez?
- Desperto com a luz do sol e ali estão as cabras de meu pai. Elas nos dão leite e carne, nós a levamos onde há água e pasto… Assim fizeram meu bizavô, meu avô e meu pai… e eu.
- Não havia outra coisa no mundo além disso. E eu era muito feliz com isso.
- De fato! Não parece muito estimulante…
- Mas é muito! Aos sete anos já te deixam afastar-se do acampamento para que aprendas coisas importantes: farejar o ar, escutar, apurar a vista, orientar-se pelo sol e as estrelas… E a deixar-se levar pelo camelo, se vc se perder. Ele te levará onde há água.
- Saber isso é valioso, sem dúvida…
- Ali tudo é simples e profundo. Existem muito poucas coisas. E cada uma tem um enorme valor!
- Então esse mundo e aquele são muito diferentes, não?
-Ali cada pequena coisa te proporciona felicidade.
Cada toque é valorizado. Sentimos uma enorme alegria pelo simples fato de nos tocarmos e estarmos juntos. Ali ninguém sonha com chegar a ser, porque cada um já o é!
- O que mais o chocou em sua primeira viagem à Europa?
- Ver as pessoas correndo pelo aeroporto. No deserto só se corre quando vem uma tempestade de areia. Me assustei. É claro!
- Eles apenas iam buscar suas malas…
- Sim! Era isso. Também vi cartazes de mulheres nuas. Me perguntei: porque essa falta de respeito para com a mulher?
Depois, no Íbis Hotel, vi a primeira torneira da minha vida, vi a água correndo e senti vontade de chorar…
- Que abundância! Que desperdício! Não?
- Todos os dias da minha vida consistiam-se em procurar água. Quando vejo as fontes ornamentais aquí e acolá, continuo sentindo por dentro uma dor tão intensa…
- Tanto assim?
- Sim! No começo dos anos 90 houve uma grande seca. Morreram os animais e nós adoecemos. Eu tinha uns 12 anos e minha mãe morreu. Ela era tudo para mim! Me contava histórias e ensinou-me a contá-las muito bem. Ela me ensinou a ser eu mesmo.
- O que sucedeu com sua família?
- Convenci meu pai que me deixasse ir à escola. Quase todo dia caminhava 15km. Até que um dia o professor me arranjou um lugar para dormir e uma senhora me dava o que comer, quando eu passava em frente à sua casa. Entendi que essa ajuda vinha de minha mãe.
- De onde surgiu esse desejo de estudar?
- Uns dois anos antes, havia passado pelo nosso acampamento o rally Paris-Dakar, e uma jornalista deixou cair um livro de sua Mochila. Eu o apanhei e lhe entreguei. Ela me deu o mesmo de presente. Era um exemplar do Pequeno Príncipe e eu me prometi que um dia conseguiria lê-lo.
- E conseguiu.
- Sim! Foi assim que consegui uma bolsa de estudos na França.
- Um Tuareg na universidade!
- Ah, o que mais sinto falta aqui é o leite de camela... E o calor da fogueira, e de andar com os pés descalços na areia quente. Lá nós olhamos as estrelas todas as noites e cada estrela é diferente das outras como cada cabra é diferente. Aqui, à noite, você olha para TV.
- Sim! E o que vc acha pior aqui?
- Vocês tem tudo, mas não acham suficiente. Vocês se queixam. Na França passam a vida reclamando! Aprisionam-se pelo resto da vida à uma dívida bancária, num desejo de possuir tudo rapidamente ... No deserto não há congestionamentos. e você sabe por quê?
Porque lá ninguém quer ultrapassar ninguém!
- Conte-me um momento de extrema felicidade no seu deserto distante.
- Todo dia, duas horas antes do pôr do sol: a temperatura abaixa, mas ainda não chegou o frio, e os homens e os animais, lentamente voltam para o acampamento e seus perfis são recortados em um céu cor de rosa, azul, vermelho, amarelo, verde...
Fascinante, na verdade... É um momento mágico ...
Entramos todos na cabana e colocamos o chá para ferver. Sentamo-nos em silêncio, a ouvir a ebulição ... A calma invade todos nós, e o nosso coração bate ao ritmo do barulho da fervura...
-Que paz!

- Aquí vocês tem relógio… lá temos tempo.



terça-feira, junho 15, 2010

E agora?


Rotundas...

De uma vez por todas aprendam a circular nas rotundas e não me chateem quando eu entrar na rotuda do LIDL pelo lado esquerdo...

Retirado do site da ex-DGV

Horário flexivel...


Cuidado com os brasileiros sozinhos em casa...

"Querida,

Está tudo em ordem durante sua ausência.

Estou preparando meu próprio almoço... Está dando tudo certo.

Ontem fiz batata frita. Ficou bom. Era preciso descascar a batata?

Fui buscar uns brioches na padaria e quando voltei o esmalte da frigideira tinha soltado e ela estava toda derretida. Inclusive o cabo. E você que me dizia que o teflon segurava qualquer coisa ...

Quanto tempo precisa pra cozinhar ovos? Já deixei eles fervendo lá duas horas, mas continuam duros que nem pedra. Bom vou aguardar um pouco mais...

Semana passada tive um contratempo cozinhando as ervilhas. Decidi esquentar a lata no microondas e ele explodiu.
A lata decolou feito um foguete, atravessou o teto e acertou a filha do seu Freitas, nosso vizinho de cima. Ela foi parar no pronto-socorro. Ainda bem que eles tinham plano de saúde.

Já aconteceu contigo de a louça suja criar mofo?
Como é possível isso acontecer em tão pouco tempo?
Aliás, atrás da pia tem de tudo que é bicho, daqui a pouco vai dar pra fazer um documentário e vender pro National Geografic...

Durante o último almoço eu emporcalhei o tapete persa com molho de tomate.
Você sempre me dizia que mancha de molho de tomate não sai. - Bobinha! Com um pouco de querosene não tive problema algum. Saiu tudinho, inclusive a cor do tapete.

A geladeira estava criando muito gelo, então tive que fazer um defrost nela. O gelo sai fácil se você raspa ele com uma espátula de pedreiro!
Ficou ótimo, foi fácil e rápido, agora a geladeira não sei porque está aquecendo.
De toda forma, a carne ficou bem passada.

No mais, na última quinta-feira quando sai para o trabalho esqueci de trancar a porta.
Alguém deve ter invadido nosso apartamento porque estão faltando alguns objetos de valor, inclusive aquele colar de marfim que seu bisavô trouxe da África.
Mas como você sempre diz, o dinheiro não traz felicidade, e tudo que é material é efêmero.

O seu guarda-roupa também está vazio, mas acho que não devem ter levado muita coisa, afinal você sempre diz que nunca tem nada pra vestir.

Beijos mil, com muito carinho, do seu querido marido.

PS: Sua mãe deu uma passada aqui pra ver como estavam as coisas. Sofreu um infarto. O velório foi ontem à tarde, mas preferi não te contar pra não te aborrecer à toa.

Volte logo, estou com saudades...
Não sei viver sem você!"

quinta-feira, junho 10, 2010

Assim anda este país...

Nem sei que diga...

Uma festa com entradas pagas (a da RAL) e 5000 euros de ajuda da Câmara?!
A câmara deve estar a nadar em dinheiro...
Já agora, contribuam para a festa de Natal do Lena - também faz sentido...
Quando arranjam a estrada da Arrifana?

Que palhaçada de país...

terça-feira, junho 08, 2010

Gostava...

Se não fosse por ser tão mau para a região, gostava de ver certos parvos que andam na blogosfera a insinuar-se, à frente de uma autarquia...

É por esses que este país anda tão mal...
Portugal é um país espectacular... Só é pena ter cá tantos portugueses...

Só me apetece parafrasear uma velho amigo: "Bardamerda!"

Duas histórias para reflectir e comentar

História 1 - Direita ou esquerda?

"Uma universitária andava no quarto ano da Faculdade.
Como é comum no meio Universitário, pensava que era de esquerda e estava a favor da distribuição da riqueza.
Tinha vergonha de que o seu pai fosse de direita e, portanto, contrário aos programas socialistas e seus projectos de lei, que davam benefícios aos que não o mereciam e impostos mais altos para os que tinham maiores rendimentos.
A maioria dos seus professores tinha afirmado que a filosofia dele estava Equivocada.
Por tudo isso, um dia, decidiu enfrentar o pai.
Falou com ele sobre o materialismo histórico e a dialéctica de Marx, procurando mostrar que ele estava errado, ao defender um sistema tão injusto como o da direita.
No meio da conversa, o pai perguntou:
- Como vão as aulas?
- Vão bem - respondeu ela - A média das minhas notas é 18, mas tenho muito trabalho para conseguir estas notas. Não tenho vida social, durmo pouco, mas vou em frente.
O pai prosseguiu:
- E a tua amiga Sónia, como vai?
Ela respondeu, com muita segurança:
- Muito mal. A média dela é 6, principalmente, porque passa os dias em shoppings e em festas. Pouco estuda e, muitas vezes, nem sequer vai às aulas. De certeza que vai chumbar o ano.
O pai, olhando nos olhos da filha, aconselhou:
- Que tal se tu sugerisses aos professores ou ao coordenador do vosso curso, para que sejam transferidos 6 valores das suas notas para as da Sónia. Com isso, vocês duas teriam a mesma média. Não seria um bom resultado para ti, mas convenhamos, seria uma boa e democrática distribuição de notas, para permitir a futura aprovação de vocês as duas.
Ela, indignada, retrucou:
- Por quê?! Eu trabalhei muito para conseguir as notas que tive, enquanto a Sónia passeou pelo lado fácil da vida. Não acho justo que todo o trabalho que tive seja, simplesmente, dado a outra pessoa.
O pai, então, abraçou-a carinhosamente, dizendo:
- BEM-VINDA À DIREITA!!!! "

História 2 - Uma experiência Socialista

“Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca chumbou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, chumbado uma classe inteira.
Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e ‘justo’.
O professor então disse:
- Ok, vamos fazer uma experiência socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas em provas.
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e, portanto seriam ‘justas’. Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém chumbaria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia 20 valores...
Logo que a média das primeiras provas foi tirada, todos receberam 14.
Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.
Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam da media das notas. Portanto, agindo contra as suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Em resultado, a segunda média dos testes foi 10.
Ninguém gostou.
Depois do terceiro teste, a média geral foi um 5.
As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por ‘justiça’ dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No fim de contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da turma.
Portanto, todos os alunos chumbaram... Para sua total surpresa.

O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela fora baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes.
Preguiça e mágoas foi o seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado.
- Quando a recompensa é grande - disse o professor - o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.
Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável.

Eis a razão da situação do país...

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar a alguém, aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa de trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

Adrian Rogers, 1931

segunda-feira, junho 07, 2010

Carta de um aluno ao seu professor de História

"Exmo Senhor Professor,

Sou obrigado a escrever-lhe, nesta data, depois de ter escutado, com toda a atenção, a aula de História, que nos deu sobre a Revolução de Abril de 1974.
Li todos os apontamentos que tirei na aula e os textos de apoio que me entregou para me preparar para o teste, que o Senhor Professor irá apresentar-nos, na próxima semana, sobre a Revolução dos Cravos.
Disse o Senhor Professor que a Revolução derrubou a ditadura salazarista e veio a permitir o final da Guerra Colonial, com a conquista da Liberdade do Povo Português o dos Povos dos territórios que nós dominávamos e que constituíam o nosso Império.
Afirmou ainda que passámos a viver em Democracia e que iniciámos uma nova política de Desenvolvimento, baseada na economia de mercado.
Informou-nos também que a Censura sobre os órgãos de Comunicação Social terminara e que a PIDE/DGS, a Polícia Política do Estado Fascista acabara, dando a possibilidade aos Portugueses de terem liberdade de expressão, opinião e pensamento. Hoje, todos eles podem exprimir as suas opiniões nos jornais, rádio, televisão, cinema e teatro, sem receio de serem presos. Disse igualmente que Portugal era um país isolado no contexto internacional e que agora fazemos parte da União Europeia e temos grande prestígio no mundo. Que somos dos poucos países da União a cumprir, na íntegra, os cinco critérios de convergência nominal do Tratado de Maastricht para fazermos parte do pelotão da frente com vista ao Euro.
Li os textos de apoio do Professor Fernando Rosas, onde me informam que os Capitães de Abril são considerados heróis nacionais, como nunca houvera antes na nossa história, e que eles são os responsáveis por toda a modernidade do nosso país, pois se não tivesse acontecido a memorável Revolução, estaríamos na cauda da Europa e viveríamos em grande atraso, em relação aos outros países, e num total obscurantismo.
Tinha já tudo bem compreendido e decorado, quando pedi ao meu pai que lesse os apontamentos e os textos para me fazer perguntas sobre a tal Revolução, com vista à minha preparação para o teste, pois eu não assisti ao acontecimento histórico, por não ter ainda nascido, uma vez que, como sabe, tenho apenas dezasseis anos de idade.
Com o pedido que fiz ao meu pai, começaram os meus problemas pois ele ficou horrorizado com o que o Senhor Professor me ensinou e chamou-lhe até mentiroso porque conseguira falsificar a História de portugal. Ele disse-me que assistira à Revolução dos Cravos dos Capitães de Abril e que vira com «os olhos que a terra há-de comer» o que acontecera e as suas consequências.
Disse-me que os Capitães foram os maiores traidores que a nossa História conhecera, porque entregaram aos comunistas todo o nosso império, enganando os Portugueses e os naturais dos territórios, que nos pertenciam por direito histórico. Que a Guerra no Ultramar envolvera toda a sua geração e que nela sobressaíra a valentia dum povo em armas, a defender a herança dos nossos maiores.
Que já não existia ditadura salazarista, porque Salazar já tinha morrido na altura e que vigorava a Primavera Marcelista que, paulatinamente, estava a colocar Portugal na vanguarda da Europa. Que hoje o nosso país, conjuntamente com a Grécia, são os países mais atrasados da Comunidade Europeia.
Que Portugal já desfrutava de muitas liberdades ao tempo do Professor Marcelo Caetano, que caminhávamos para a Democracia sem sobressaltos, que os jovens, como eu, tinham empregos assegurados, quando terminavam os estudos, que não se drogavam, que não frequentavam antros de deboche a que chamam discotecas, nem viviam na promiscuidade sexual, que hoje lhes embotam os sentidos.
Disse-me também que ele sabia o que era Deus, a Pátria e a Família e que eu sou um ignorante nessas matérias. Aliás, eu nem sabia que a minha Pátria era Portugal, pois o Senhor Professor ensinou-me que a minha Pátria era a Europa. O meu pai disse-me que os governantes de outrora não eram corruptos e que após o 25 de Abril nunca se viu tanta corrupção como actualmente. Também me disse que a criminalidade aumentara assustadoramente em Portugal e que já há verdadeiras máfias a operar, vivendo à custa da miséria dos jovens drogados e da prostituição, resultado do abandono dos filhos de pais divorciados e dum lamentável atraso cultural, em virtude de um Sistema Educativo, que é a nossa maior vergonha, desde há mais vinte anos.
Eu fiquei de boca aberta, quando o meu pai me disse que a Censura continuava na ordem do dia, porque ele manda artigos para alguns jornais e não são publicados, visto que ele diz as verdades, que são escamoteadas ao Povo Português, e isso não interessa a certos orgãos de Comunicação Social ao serviço de interesses obscuros.
O meu pai diz que o nosso país é hoje uma colónia de Bruxelas, que nos dá esmolas para nós conseguirmos sobreviver, pois os tais Capitães de Abril reduziram Portugal a uma «pobreza franciscana» e que o nosso país já não nos pertence e que perdemos a nossa independência.
Perguntei-lhe se ele já ouvira falar de Mário Soares, Almeida Santos, Rosa Coutinho, Melo Antunes, Álvaro Cunhal, Vítor Alves, Vítor Crespo, Lemos Pires, Vasco Lourenço, Vasco Gonçalves, Costa Gomes, Pezarat Correia... Não pude acrescentar mais nomes, que fixara com enorme sacrifício e trabalho de memória, porque o meu pai começou a vomitar só de me ouvir pronunciar estes nomes.
Quando se sentiu melhor, disse-me que nunca mais lhe falasse em tais «sacanas de gajos», mas que decorasse antes os nomes de Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Diogo Cão, D. João II, D. Manuel I, Bartolomeu Dias, Afonso de Alburquerque, D. João de Castro, Camões, Norton de Matos, porque os outros não eram dignos de ser Portugueses, mas estes eram as grandes e respeitáveis figuras da nossa História.
Naturalmente que fiquei admirado, porque o Senhor Professor nunca me falara nestas personagens tão importantes e apenas me citara os nomes que constam dos textos do Professor Fernado Rosas. Senhor Professor, dada a circunstância do meu pai ter visto, ouvido, sentido e lido a Revolução de Abril, estou completamente baralhado, com o que o Senhor me ensinou e com a leitura dos textos de apoio. Eu julgo que o meu pai é que tem razão e, por isso, no próximo teste, vou seguir os conselhos dele.
Não foi o Senhor Professor que disse que a Revolução nos deu a liberdade de opinião? Certamente terei uma nota negativa, mas o meu pai nunca me mentiu e eu continuo a acreditar nele.
Como ele, também eu vou pôr uma gravata preta no dia 25 de abril, em sinal de luto pelos milhares de mortos havidos no nosso Império, provocados pela Revolução dos Espinhos, perdão, dos Cravos.
O Senhor disse-me que esta Revolução não vertera uma gota de sangue e agora vim a saber que militantes negros que serviram o exército português, durante a guerra, que o Senhor chamou colonial, foram abandonados e depois fuzilados pelos comunistas a quem foram entregues as nossas terras.
Desculpe-me, Senhor Professor, mas o meu pai disse-me que o Senhor era cego de um olho, que só sabia ler a História de Portugal com o olho esquerdo. Se o Senhor tivesse os dois olhos não me ensinaria tantas asneiras, mas que o desculpava porque o Senhor era um jovem e certamente só lera o que o Professor Fernando Rosas escrevera.
A minha carta já vai longa, mas eu usei de toda a honestidade e espero que o Senhor Professor consiga igualmente ser honesto para comigo, no próximo teste, quando o avaliar.

Com os meus respeitosos cumprimentos

O seu aluno "


Recebi por email

sábado, junho 05, 2010

A RAÇA DO ALENTEJANO

Como é um alentejano?
É, assim, a modos que atravessado.
Nem é bem branco, nem preto, nem castanho, nem amarelo, nem vermelho....
E também não é bem judeu, nem bem cigano.
Como é que hei-de explicar?
É uma mistura disto tudo com uma pinga de azeite e uma côdea de pão.

Dos amarelos, herdámos a filosofia oriental, a paciência de chinês e aquela paz interior do tipo "não há nada que me chateie";
dos pretos, o gosto pela savana, por não fazer nada e pelos prazeres da vida;
dos judeus, o humor cáustico e refinado e as anedotas curtas e autobiográficas;
dos árabes, a pele curtida pelo sol do deserto e esse jeito especial de nos escarrancharmos nos camelos;
dos ciganos, a esperteza de enganar os outros, convencendo-os de que são eles que nos estão a enganar a nós;
dos brancos, o olhar intelectual de carneiro mal morto;
e
dos vermelhos, essa grande maluqueira de sermos todos iguais.

O alentejano, como se vê, mais do que uma raça pura, é uma raça apurada.
Ou melhor, uma caldeirada feita com os melhores ingredientes de cada uma das raças.
Não é fácil fazer um alentejano. Por isso, há tão poucos.

É certo que os judeus são o povo eleito de Deus.
Mas os alentejanos têm uma enorme vantagem sobre os judeus:
nunca foram eleitos por ninguém, o que é o melhor certificado da sua qualidade.

Conhecem, por acaso, alguém que preste que já tenha sido eleito para alguma coisa?
Até o próprio Milton Friedman reconhece isso quando afirma que
«as qualidades necessárias para ser eleito são quase sempre o contrário das que se exigem para bem governar».
E já imaginaram o que seria o mundo governado por um alentejano?
Era um descanso
...

quarta-feira, junho 02, 2010

A minha Rua - Estrada Nacional 2 em Rossio ao Sul do Tejo

O portal "A minha Rua" do Portal do Cidadão, deveria ser um meio de os municipes verem os seus problemas resolvidos. Mas não!

Na minha vida pessoal tenho que me deslocar amiude ao Cabrito.
No dia 17.02.2010 resolvi relatar em "A minha Rua" a situação em que se encontra a estrada nacional 2 (Av. Dr.Henrique Augusto da Silva Martins) junto à antiga moagem. A referida estrada encontra-se com um buraco só.

O referido relato foi registado com o nº 1076 e diz o seguinte:
"Esta avenida encontra-se praticamente intransitável em quase toda a sua extensão mas com especial incidencia no troço entre o cruzamento para a estação da CP e o cruzamento do Cabrito."
A resposta que obtive:
"A manutenção da rede viária em todas as freguesias, excepto S. João, foi objecto de delegação de competências nas Juntas de Freguesia, através de protocolo. A reposição geral do pavimento, como é sugerido, depende da decisão da Câmara e será executada por empreitada que decorrerá na DPE (Divisão de Empreitadas e Projectos). Relativamente à questão formulada pelo munícipe, temos a referir que se encontra em curso na DPE o levantamento topográfico do local para elaboração de projecto de requalificação da via."

Entretanto, fui também informado que a situação já havia sido relatada. Fui ver e efectivamente assim era.

Ocorrencia 1048 de 14.02.2010 do municipe Nuno Miguel:
"Neste entroncamento que se situa a ligação para a rua da estacao do rossio o piso encontra-se em muito mau estado de conservação sendo um local de muito movimento acho que deveria ser reparado com uma camada nova de alcatrao."
Resposta Chapa 5:
"A manutenção da rede viária em todas as freguesias, excepto S. João, foi objecto de delegação de competências nas Juntas de Freguesia, através de protocolo. A reposição geral do pavimento, como é sugerido, depende da decisão da Câmara e será executada por empreitada que decorrerá na DPE. Temos a referir que se encontra em curso na DPE o levantamento topográfico do local para elaboração de projecto de requalificação da via."

Entretanto, em 23.02.2010 a D. Maria Fernandes relatava na ocorrencia 1165 a mesma situação, mas já em tom de desespero:
"A estrada entre liga o Rossio e a Arrifana, mais concretamente desde a zona da Pastelaria Rossiense até à saída da Arrifana, encontra-se em péssimas condições de conservação, com buracos atrás de buracos (alguns já autenticas crateras). Será que a Câmara Municipal não se preocupa com esta entrada da cidade? Será que a Câmara Municipal não se preocupa com este cartão de visita? Será que a Câmara Municipal não se preocupa com os seus munícipes? Será que essa preocupação só interessa em periodo pré-eleitoral? Quero acreditar que não será esta a forma de agir destes novos eleitos, em quem eu confiei e a quem dei o meu voto. Peço, em meu nome e em nome de todos aqueles que diáriamente destroem as suas viaturas ao circularem nesta via para chegarem aos seus empregos, que seja dada resolução a este problema com a máxima urgência. Obrigado."
Resposta:
"A manutenção da rede viária em todas as freguesias, excepto S. João, foi objecto de delegação de competências nas Juntas de Freguesia, através de protocolo. A reposição geral do pavimento, como é sugerido, depende da decisão da Câmara e será executada por empreitada que decorrerá na DPE (Divisão de Projectos e Empreitadas), nesta autarquia. Relativamente à questão formulada pela munícipe, temos a referir que se encontra em curso na DPE o levantamento topográfico do local para elaboração de projecto de requalificação da via. O prazo previsto para a conclusão do projecto e o inicio da obra será o final deste ano de 2010."

Destes relatos, se depreende que a Camara se está borrifando para os seus municipes, e que é mais importante viajar a Cabo Verde ou fazer estatuas vermelhas do que reparar as estradas que servem as populações.
Também se pode ver a incompetência dos serviços da Câmara nomeadamente da DPE, que demora 1 ano para fazer um projecto para reparação de uma estrada.

Ah! Para remediar a situação podiam dar um jeitinho naquilo? As suspensões agradecem.

terça-feira, junho 01, 2010

Dia da criança

Não deixe que morra em você a criança...

Que vê a vida com olhos de sonhos.

Onde brilha a esperança, a felicidade...

Que se encanta com cada nova descoberta.

Pois o mundo é um mundo de coisas a descobrir...

Que é verdadeira em seus gestos e ações.

Que não teme ser ridículo ou fazer feio.

Apenas age... com naturalidade...

Que viaja na imaginação.

Com companheiros irreais e tão reais...

Que consegue conversar consigo mesma.

Falar de seus sonhos, seus medos...

Que vibra de alegria por cada vitória alcançada.

Mesmo que pareça pequena diante de tudo que tem por conquistar...

Que deseja ser grande e ser tanta coisa.

Que às vezes parece tão distante de si...

Mas não importa, Pois o ser começa em desejar ser...

Que ao sentir-se carente, aconchega-se no colo de alguém.

Sem receio de não poder retribuir...

Que se sente protegida por ser amada.

E ama, sem medo de não ser correspondida...

Que não age com preconceito diante do diferente.

Pois ser diferente não é ser mais nem menos, apenas diferente...

Que age com naturalidade diante da morte.

Pois a vida não é mais do que uma parte do caminho...

Que sorri e chora quando tem vontade.

Pois as emoções são para ser vividas...

E compartilhadas...

Ser adulto também é manter-se criança...

Retirado daqui

Novo quartel dos Bombeiros Municipais de Abrantes

Agora que já temos o novo quartel dos bombeiros, quanto a mim com uma excelente localização, com acessos excelentes, e que retira os riscos de acidente do centro histórico, só falta termos um plano de emergencia do concelho.
Esse plano de emergencia visaria integrar as diversas entidades (PSP, GNR, bombeiros, departamentos de segurança das grandes industrias do concelho, juntas de freguesia, hospitais e centros de saude, etc.) e atribuir-lhes funções/actuações especificas em caso de acidente grave numa unidade industrial ou grande incêndio.