sexta-feira, maio 21, 2010

Principezinho

Ontem li o Principezinho do Saint-Exupéry.
Adorei... É brutal a quantidade de lições que se podem retirar daquelas linhas...

Deixo algumas frases:

"Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo e eu serei para ti, única no mundo..."

“Tu tornas-te responsável por aquilo que cativas”.

"Os homens, agora já não tem tempo para conhecer nada. Compram as coisas feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não tem amigos. Se queres um amigo, cativa-me!"

"O essencial é invisível para os olhos..."

"Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante."

"Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti. Tu és responsável pela tua rosa..."

"As pessoas grandes são muito esquisitas."
"As pessoas grandes são decididamente muito bizarras."
"As pessoas grandes são mesmo extraordinárias."



Adoráveis as elações que se podem tirar daqui... E peço-vos que não entrem em lamechices de amor e paixão...

Essas elações e a análise do livro, podem ser lidas aqui.

Deixo um excerto desse blog:

"O Principezinho, antes de chegar à Terra, faz um périplo por vários planetas ou asteróides habitados, cada qual por uma figura-tipo. Estas figuras incarnam alguns dos aspectos mais fúteis e contraditórios da sociedade em que vivemos. É através delas, que o Autor, enfatiza o ridículo daquilo que mais o incomoda: a autoridade e o gosto por dar ordens e fazer-se obedecer, na persona do monarca; a vaidade e o egocentrismo daqueles que vivem para receber aplausos; a embriaguez como desculpa para fugir aos problemas; a avareza do homem de negócios, que vive somente para contar e amealhar dinheiro; o geógrafo-burocrata, que se aproveita do trabalho do explorador, complicando-o para justificar um mérito que não lhe pertence; a falta de autonomia do acendedor de candeeiros, que se limita a obedecer a instruções, mesmo que desprovidas de sentido. É, no entanto, este último, o único por quem sente alguma simpatia, por não ter a atenção centrada, unicamente, em si próprio."

Somos todos assim como estas figuras, mas não conseguimos aceitar isso... Depois somos infelizes
Gostava que fossemos diferentes...

Ando triste por isto!

1 comentário:

O Cidadão abt disse...

Olá,ciber Zé-Ná!

Só agora descobriu "Le Petit Prince", do Saint-Exupéry?

Nunca é tarde para o fazer.

Este descreve-nos um piloto de aviação, que uns dizem ter sido piloto de guerra mas o mais certo seria piloto de correio aéreo...

Uma obra profunda e fantástica, actual, acessível e transversal a todas as idades.
Por vezes, e não são tão poucas quanto isso esta Abrantes por quem torcemos faz lembrar um desses planetas descritos pelo Petit Prince.
Um mundo distinto.
Se bem olhar o morro, até materialmente se assemelha.

O Cidadão recomenda-lhe a fantástica obra literária "Vol de Nuit", do mesmo Antoine Saint-Exupéry, que muito nos diz da solidão, do existencialismo, na nossa fragilidade e insignificância no universo e de um tal viajante aéreo perdido na imensidão dos céus da Latina América. Lida e reflectida, ouça o nosso Jorge Palma no seu tão lindo "Voo Nocturno", e descubra a profundidade das semelhanças e da mensagem codificada que este nos transmite.

Foi em francês, conjugado com terras africanas que este praça se familiarizou na imensidão desértica que nos transporta a outra dimensão do aparentemente insignificante do existencialismo, numa reflexão infinita.

Antoine de Saint-Exupéry acabou os seus dias á manche dum P-38 abatido pelo caça Messerschmitt Bf-109 pilotado por Horst Rippert, o alemão discípulo do Barão Vermelho que depois de em 2008 ter tomado consciência do seu acto, e com esse peso passa os restantes dias da sua vida.