segunda-feira, junho 11, 2007

História da vida de um cão...

PRINCIPALMENTE NAS FÉRIAS
NÃO ABANDONE OS ANIMAIS...



1ª semana:
- Hoje completei uma semana de vida. Que alegria ter chegado a este mundo!

1º mês:
- Minha mãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar!

2 meses:
- Hoje separaram-me de minha mãe. Ela estava muito inquieta e, com o seu olhar, disse-me adeus. Espero que a minha nova "família humana " cuide tão bem de mim como ela o fez.

4 meses:
- Cresci rápido; tudo me chama a atenção. Há várias crianças na casa e para mim são como "irmãozinhos". Somos muito brincalhões, eles puxam-me o rabo e eu mordo-os na
brincadeira.

5 meses:
- Hoje deram-me uma bronca. A minha dona ficou incomodada porque fiz "xixi" dentro de casa. Mas nunca me tinham ensinado onde deveria fazê-lo. Além de durmir no hall da entrada. Não consegui aguentar.

8 meses:
- Sou um cão feliz! Tenho o calor de um lar; sinto-me tão seguro, tão protegido... Acho que a minha família humana me ama e consente-me muitas coisas. O pátio é tudo para mim e, às vezes, excedo-me, a cavar na terra como os meus antepassados, os lobos quando escondiam a comida.

Nunca me educam.
Deve ser correcto tudo o que faço!

12 meses:
- Hoje completo um ano. Já sou um cão adulto.
Os meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam.

Que orgulho devem ter em mim!!

13 meses:
- Hoje acorrentaram-me e fico quase sem me poder movimentar até um raio de sol ou quando quero uma sombra.
Dizem que me vão observar e que sou um ingrato. Não compreendo nada do que está a acontecer.

15 meses:
- Já nada é igual... Moro na varanda. Sinto-me muito só. A minha família já não me quer!

Às vezes esquecem-se que tenho fome e/ou sede.
Quando chove, não tenho tecto que me abrigue...

16 meses:
- Hoje tiraram-me da varanda. Estou certo de que a minha família me perdoou. Eu fiquei tão contente que pulava com gosto. o meu rabo parecia um ventilador. Além disso, vão levar-me a passear na sua companhia!
Fomos por uma longa estrada e, de repente, pararam o automóvel.
Abriram a porta e eu desci feliz, pensando que iamos passar o dia no campo.

Não compreendo porque fecharam a porta e se foram.
"Ouçam, Esperem!" lati... Esqueceram-se de mim...
Corri atrás do carro com todas as minhas forças.
A minha angústia crescia ao perceber que perdia o fôlego e eles não paravam.

Tinham-me esquecido...

17 meses:
- Procurei em vão achar o caminho de volta ao lar.

Estou só e sinto-me perdido!
No meu caminho existem pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dão algum alimento. Eu agradeço-lhes com o meu olhar, desde o fundo de minha alma.
Eu gostaria que me adoptassem: seria leal como ninguém!
Mas somente dizem: "pobre cãozinho, deve ter se perdido."

18 meses:
- Um dia destes, passei perto de uma escola e vi muitas crianças e jovens como os meus "irmãozinhos".

Aproximei-me e um grupo deles, rindo, atirou-me uma chuva de pedras "para ver quem tinha melhor pontaria". Uma dessas pedras feriu-me o olho e desde então, não vejo nada com ele.

19 meses:
- Parece mentira Quando estava mais bonito, tinham compaixão de mim. Já estou muito fraco; meu aspecto mudou. Perdi o meu olho e as pessoas mostram-me a vassoura quando pretendo deitar-me numa pequena sombra.

20 meses:
- Quase não posso mover-me! Hoje, ao tentar atravessar a rua por onde passam os carros, fui atropelado por um!

Eu estava no lugar seguro chamado "calçada", mas nunca esquecerei o olhar de satisfação do condutor, que até se vangloriou por me acertar.
Oxalá me tivesse morto!
Mas só me deslocou as ancas! A dor é terrível!
As minhas patas traseiras não me obedecem e, com dificuldade, arrastei-me até à relva, na beira do caminho...
Faz dez dias que estou ao sol, à chuva e ao frio, sem comer.

Já não me posso mexer!
A dor é insuportável!
Sinto-me muito mal.
Fiquei num lugar humido e acho que o meu pêlo está a cair...
Algumas pessoas passam e nem me vêem; outras dizem: "não te aproximes".

Já estou quase inconsciente; mas alguma força estranha faz-me abrir os olhos.
A doçura da sua voz fez-me reagir.
"Pobre cãozinho, olha como te deixaram", dizia...
Com ela estava um senhor de avental branco. Começou a tocar-me e disse: "Sinto muito senhora, mas este cão já não tem remédio. É melhor que pare de sofrer".
A gentil dama, com as lágrimas rolando pelo rosto, concordou.
Como pude, mexi o rabo e olhei-a, agradecendo-lhe que me ajudasse a descansar.

Somente senti a picada da injecção e dormi para sempre, a pensar porque tive que nascer se ninguém me queria...

Já agora vale a pena pensar nisto antes de adoptar um animal...

(autor desconhecido)
(Correcção e tradução de brasileiro para português: Beatriz Baptista)

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